quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Consciência

Se a consciência é "o fundamento de todo o ser" e é a causa primária, como é possível estar "consciente da consciência"?

O que sou?

Quando digo o que sou, de alguma forma eu o faço para
também dizer o que não sou. O “não ser está no avesso do ser”, assim como o
tecido só é tecido porque há um avesso que o nega, não sendo outro, mas
complementando-o. O que não sou também é uma forma de ser. Eu sou eu e meus
avessos.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Kura O Inaudível

Em breve nas lojas o livro Kura-O Inaudível
A lei da colheita foi vigorada pelos valentes e o segredo foi revelado aos fracos.
Cabe-nos agora somente ararmos a terra e decidirmos se queremos plantar flor ou espinho.
 Faça a sua escolha.                                          

Prefácio                                                                               
                                                                  
Este livro quer ser simbólico, porque está comprometido com o desejo de nos fazer bem. Ele é uma aventura desejada. Considere-o como uma viagem, cujas estradas passam pela vida de muitas pessoas que por algum motivo cruzaram o nosso caminho. Uma viagem onde a matéria, a parte física é apenas o meio, a estrada para se manifestar sobre ela um grande mistério. Uma viagem intrapsíquica no epicentro do mais sofisticado anfiteatro. O anfiteatro da mente humana. Para maior entendimento destrincharemos assuntos relacionados a uma série de artigos e documentários conferidos tanto às nossas cognições como ao nosso envolvimento estigmático comportamental.
Sabemos que o homem é, por princípio, um poderoso agente provocador de mudanças no ambiente. Mas oferece, paradoxalmente, fortes resistências às mudanças de si mesmo. Dos poucos que se interessa em estudar e praticar novos conhecimentos só alguns o conseguem. Uns porque tais tipos de praticas implicam mudanças de atitudes pessoais, sempre muito difíceis, e mais ainda, penosas mudança de velhos hábitos. Outros porque não tem ainda a base necessária para assimilação e aplicação das teorias mais sofisticadas, sejam em termos de conhecimento, seja em termo de requisitos emocionais ou de hábito adequados. Isto é, encontram-se ainda engatinhando e se vêem compelidos a passar a correr sem sequer aprender a andar.
Tudo é possível, mais é preciso paciência e perseverança. Que muitas vezes faltam, porque freqüentemente é precária a confiança nos resultados benéficos que poderiam advir. É fato que muitos enfrentaram ou enfrentam dificuldades para permanecer num programa de reabilitação que não atende inteiramente a suas necessidades ou não se coaduna com seus valores. Outros podem ter passado ou passam por uma reincidência e sentido que alguma coisa estava/está faltando em seu programa de recuperação, sem que conseguissem identificar o que poderia ser. Espero que esse livro lhe ofereça uma nova perspectiva, mais acessível, de como alcançar um novo estilo de vida, perspectiva que reconheça suas necessidades e preocupações. Essa nova perspectiva baseia-se numa análise mais aberta e numa interpretação mais flexível dando-nos a bagagem necessária para o desempenho da construção de novas cadeias cognitivas e formas comportamentais. Minha esperança é que essa perspectiva lhe permita assumir pleno controle de seu processo de recuperação, assim como de crescimento pessoal. Ao usar os princípios como guias, você redescobrirá o que pensa, sente e crê, e então começará a ligar isso a sua interação com outras pessoas e com o mundo que a cerca. Essas experiências de ligar seus sentimentos e convicções a suas ações é o que eu chamo de integridade. Talvez o mais importante para todos seja que a recuperação ocorra não em isolamento, mais em contato com outros em recuperação, na livre partilha de sentimentos, problemas, esperanças e vitórias, sem sentimento de culpa ou julgamento. Sob muitos aspectos este programa de recuperação baseia-se em um modelo de apoio e cura. O espírito dos princípios e a estrutura do programa oferecem-nos um ensejo de explorar tanto nossa recuperação como nossa potencialização como indivíduo autônomo, livre de decisões alheias. Talvez o maior desafio seja se tornar inteiro, não estar dividido por diferentes sentidos de mundo, ter a clareza de colocar numa mesma trilha o que somos e o que fazemos. E fazer da experiência de existir a oportunidade de integrar-se e, com difíceis escolhas, tornar-se um indivíduo, aquele que não se divide. Deixando transparecer sua digna inquestionável conduta. Diz-se que conhecemos um homem pela sua obra; entretanto, podemos conhecer admirar e aproveitar ainda mais a obra ao entender o homem, conhecer sua história e reconhecer que, se tudo é espelho, este livro revela a face de alguém que está em profunda e harmoniosa parceria com melhor de si mesmo.
O treinamento desse programa será auto-executado. Não haverá ninguém lhe sussurrando aos ouvidos o que fazer e como fazer. Este livro será o seu guia, mais somente você será capaz de se entender. Somente você poderá obrigar-se a seguir este treinamento. Somente você será capaz de se corrigir quando achar que não está seguindo adequadamente. Em suma, você vai treinar-se a obter progressos/sucessos cada vez maiores. No tocante que o treinamento seja auto-executado, não implica que o programa usado em grupo dê ao indivíduo feedbacks ou que seja em grupo auto-executado. Sature-se de cada idéia e de cada princípio até ver de que maneira ele se aplica exatamente a você. Aprofunda-se no estudo das pessoas e irá descobrir que as fracassadas sofrem de uma doença mortal no que respeita à elaboração dos pensamentos pela mente. E mais da metade dos indivíduos apresenta, pelo menos, uma forma suave desse mal que chamo de “desculpite”. Descobrirá que a “desculpite” explica a diferença entre os que conseguem todas as posições e os que mal se agüentam na que tem. Verá que quanto mais bem-sucedido não só no tocante da recuperação de dependências, menos é o indivíduo inclinado a desculpar-se. Mas o indivíduo que nada arranja, nem tem planos para arranjar coisa alguma, tem um livro cheio de razões para explicar o porquê desse fracasso. Descobriremos ao longo desse livro que não há ninguém a ser culpado. Embora, haja pessoas que só realizam coisas medíocres e que estão sempre prontas para explicar porque não tem, não fazem, não são capazes e não se acham em melhor situação. Estude a vida de pessoas realizadas e descobrirá que poderiam ter apresentado, mas não o fizeram. Todas as desculpas fornecidas pelos medíocres. No tocante “estude as pessoas” não inclui julgamento, pois, muitas das pessoas realizadas já realizaram coisas medíocres.
Assim se segue...
Periodicamente tenho tecido comentários acerca da importância da conscientização e reconhecimento do nosso potencial como pessoa e profissional na busca da excelência. Minha permanente paixão é ajudar as pessoas a se auto-ajudarem. Acredito ser esta minha principal vocação e missão. Daí veio à idéia de fazer um programa de tratamento/recuperação, passando a pesquisar diversas fontes, ou seja, livros, revistas, artigos, escritos diversos, aproveitando da leitura, apenas o que estivesse de acordo com minha concepção de vida, surgindo, deste modo, este livro Kura- O Inaudível. OKura- O Inaudível.seguirá tendo o pretensioso objetivo de levar as pessoas um pouco mais de reflexão. Contendo temas a respeito de questões centrais do nosso cotidiano, como por exemplo: pensamentos, comportamentos, verdades, atitudes, otimismo, qualidade, liberdade, etc. Neste sentido o Kura- O Inaudível. pretende ser uma janela para se contemplar e refletir este e outros temas por outro prisma. Não tive e não tenho a menor pretensão de dizer que sou escritor, mas apenas um estudioso e pesquisador de fatos importantes que marcam nossas vidas. Assim, eu diria, parafraseando Montaigne:
“... Pode-se dizer a meu respeito que apenas montei um buquê com as flores de outros autores, e nada trouxe de meu próprio a não ser o cordão que as une, o qual lhe ofereço com prazer”.
O que espero para todos é que encontrem a ajuda, o apoio e o estímulo, para dar o passo seguinte no caminho do seu crescimento emocional, pessoal e espiritual, a fim de evoluir.







“Constatamos que as coisas “são” através de uma observação experimental”.

Embora, tenhamos uma única mente, sabemos que ela possui duas partes funcionais distintas e características. As duas funções são basicamente diferentes. Numerosos nomes foram usados para distingui-las. Incluem eles o de mente objetiva e subjetiva, consciente e inconsciente, desperta e adormecida, eu superficial e profundo, voluntário e involuntário entre muitos outros nomes dado a essa dualidade. Todos os nomes, quaisquer que sejam suas implicações, constituem reconhecimento dessa dualidade básica. No entanto, nada e tão concreto ou relativo no cerne da nossa mente, porém, seja um universo hoje empírico. O importante ponto de partida sempre constituiu em reconhecermos e aceitarmos a natureza dupla da nossa mente. Durante muitos anos grandes nomes, mentes brilhantes, estudaram e acreditaram nesta dualidade. Em suas crenças duais, atingiram todos os seres humanos como uma epidemia letal. Então, passamos leigamente a acreditar naquilo que para eles e para outros pensadores parecia ser, mas de fato não é justo, mas, sim uma formalidade de incutir suas simples convicções em nossas mentes.  Há algum tempo li em um livro algo um tanto convincente no exato momento, porém, dias depois usando uma técnica chamada DCD (duvidar, criticar, determinar) eu concebi o que de fato é e que está nos recônditos da mente humana. No texto estava exatamente assim: quase todas as pessoas acham que arrepender-se significa sentirem-se mal quando procedem a errado. O arrependimento para elas é uma autopunição ou um sentimento de culpa que merecemos por fazer o que não deveríamos ter feito. Na verdade, o ato de arrependimento não acontece quando imploramos pelo perdão e sim quando decidimos mudar de vida, de idéias e de atitudes. Até aqui tudo muito bem convincente ou seria muito bem consciente, superficial, voluntário?
Pára mim seria como é simplista demais pensar desta forma e um desrespeito ainda maior fazer com que cada um de nós como um todo pensem e repensem e mais acreditem nesta forma mesquinha de dualidade que está inteira quando dividida ou quando dividida é una.
Voltando ao texto ainda complementava-se que: a palavra grega para “arrependimento” na bíblia é metanoia, que significa “mudar de idéia”. É estar percorrendo um caminho em uma direção e decidir inverter o rumo e seguir por um caminho totalmente novo. Quando alguém nos diz para nos arrependermos não podemos nos sentir mal a respeito de nós mesmos; mas sim ajudar-nos a mudar. É preciso perceber a necessidade de mudar para que venhamos funcionar.
Lindo! Maravilhoso! Agora eu pergunto: até que ponto tudo é tão simples assim? Até que ponto tudo funciona através da observação ou mesmo de se experenciar algo, ou seja, até que ponto tudo vem a ser somente empírico?
Acredito que se eu estivesse em uma universidade e fizesse estas duas perguntas. Os próprios estudantes me responderiam a estas. Usariam como resposta para a primeira a segunda pergunta, ou talvez a resposta fosse:
“Constatamos que as coisas “são” através de uma observação experimental”.
Penso que precisamos ser capazes de contrabalançar nossas necessidades psíquicas, mental de união e intimidade com períodos em que precisamos nos voltar para dentro de nós mesmos e termos em uma magnitude de autonomia; liberdade, para podermos crescer e evoluir como seres humanos dotados de super poderes. É banal demais vir acreditar na lei da atração, no cosmos ou no que seja e banir de nós a privilegiada oportunidade de perscrutar em nós mesmos a fonte de tudo que há; confere em nós como está em nós. E então, antes mesmo de refazermos nossas programações, de dar tempo a prioridades, como romantismo, planejamentos de finais de semanas, como churrascos festeiros, irmos ao clube ou na praia com nossos amigos ou de convidar nosso cônjuge a um belo e apetitoso jantar, ou de aprender a ter uma conversa significante conosco mesmo, antes mesmo de considerarmos algo acabado, nos distanciemos de tudo, nos afastemos dos focos de tensões, avaliemos nossa situação e procuremos uma nova concepção não chegar a um ponto como unifocal, a um só ponto de vista, mas, sim em uma visão multifocal, só assim eu creio que sairemos da dualidade, pois é somente assim que obteremos pensamentos ou novas cognições multifocais. De outra maneira teremos somente o ponto de vista que temos o que incutiram em nossas mentes.
Através de nossas raízes culturais e sociais tanto espirituais afetadas por uma multifocalidade de idéias múltiplas poderemos eximar de nós a proeza de uma sociedade doentia. Por fim argumento que até que não venhamos a nos esvaziar de nós mesmos estaremos lutando contra um adversário mortal e fatal. É preciso remover de nós a mascara da apatia vedada por uma tremenda dogmatização, pois se não somos os donos da verdade, mas sim da verdade que confere em nós e que está em nós, porque então temos que sermos tão dogmáticos?
Advirto-nos a repensarmos no que pensamos e em que acreditamos. O que nós pensamos é a freqüência máxima tanto para contribuição das nossas vitorias como para as nossas derrotas. Contudo, se não permitirmo-nos aflorar para o lado positivo nos definharemos no negativo. Se é de alguma forma preciso criarmos raízes férteis mais ainda é deixá-las crescerem para termos sustentabilidade interna. Lutaremos pelo nosso direito que estão acima de qualquer coisa e expelimos de dentro para fora um rico manual de regras e disciplinas para que se nasça em nós o desejo da vida; sermos livres, e para que possamos criar um alicerce multifocal o qual suspenderá todos os nossos princípios os quais nos sustentaram de cabeças erguidas pelas estradas da breve e eterna vida.